Baseado
no texto: Cooperativismo, cidadania e a dialética da exclusão/inclusão: O
sofrimento ético- político dos catadores de material reciclável. Por Daiani Barboza.
Hoje há o estigma que é caracterizado pela
preeminência capitalista e que está atrelada a globalização, em contra partida
depara-se com aspectos que elucidam características marcantes como, o
desemprego, a pobreza, o trabalho informal, assim sendo compondo um maior número
das heterogeneidades sociais que vivem na informalidade. O artigo acerca-se em
compreender a problemática existencial, social, política, econômica e cultural
que envolve os catadores de material reciclável de Criciúma e a partir disso
busco entender como as práticas cooperativas auxiliam o cidadão dado como excluído
a articular bem tais situações tentando fazê-lo desenvolver sua autonomia.
O estudo
é fundamentado na psicologia social, as quais são norteadas pelos estudos teóricos
e práticos, de Sawaia, por possuir a práxis, uma visão crítica da mesma e
também pela sua concepção de homem, sendo ela a concepção do mesmo como ser
afetivo, contextualizado historicamente e dialeticamente, sendo ele capaz de se
desenvolver de forma autônoma. E como fazer esse cidadão tornar-se autônomo?
Para isso se faz necessária à superação do determinismo, autoritarismo,
massificação e da racionalidade instrumental, essa busca é denominada
“potencial de ação”.
Quando se referencia a prática cooperativa há
a hipótese que todos os associados possuem direitos iguais, uma estrutura de
poder democrática, viabilizando a inclusão social, além da qualidade de vida
das pessoas envolvidas no processo, portanto quando entrevistada, a diretoria,
não informa muito a respeito da história e condições da CCMR, mas cita que há
um desinteresse dos associados no dado momento. É observável inicialmente que a
direção não operava de modo adequado ao referencial teórico eleito para
definição de cooperativa, além de perceber de fato a falta de participação nas
atividades dos membros da cooperativa. Partindo do processo de conhecimento da
esfera real dos associados, como condições de vida, o trabalho, as
dificuldades, os anseios, bem como as ações e desejos em relação ao cooperativismo
no CCMR, após investigação percebeu-se que os associados estavam desacreditados
desobjetivando ao que se refere à comunidade e todo processo do trabalho.
Portanto
a aplicação da psicologia social buscou a resolução dos problemas sociais na
comunidade CCMR, foi preciso ter um olhar clínico, crítico e sensível,
considerando as representações inerentes desses indivíduos sem subjugá-los,
assim obtendo informações fundamentais que representem o contexto social do
cidadão, o texto elucida que os profissionais realizaram a busca junto ao
sujeito e o conhecimento do objeto de conhecimento.
As
necessidades observadas nesse contexto que é a de reestruturação da CCMR é o
objetivo da inclusão social dos cidadãos, ampliando a noção de cidadania,
privilegiando o trabalho como um dos meios de sobrevivência junto de uma
consciência crítica e uma construção da identidade social, individual e de
forma democrática.
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